São Lourenço – Palacete Cardoso


Imagem: Prefeitura Municipal

O Palacete Cardoso, com toda sua suntuosidade, foi considerado, na época, a melhor residência de São Lourenço-MG. Projetado pelo Sr. Luiz Martins Cardoso.

Prefeitura Municipal de São Lourenço-MG
Nome atribuído: Palacete Cardoso
Localização: R. Cel. José Justino, nº 575 – Centro – São Lourenço-MG
Decreto de Tombamento: Decreto n° 899/1992 (revogado) e Decreto n° 5007/2013

Descrição: Não é de hoje que nossa cidade encanta a muitos que nos visita. No ano de 1915, o Sr. Luiz Martins Cardoso veio a São Lourenço pela primeira vez, hospedando-se no Hotel Brasil e se encantou com nossos ares e belezas naturais. Foi então que por volta do ano de 1925, residindo na cidade para junto do Sr. Antônio Gerpe Garcia projetar a arborização do município, construiu o Palacete Cardoso que, com toda sua suntuosidade, foi considerado, na época, a melhor residência da localidade. Depois da morte do Sr. Luiz, seu filho, Joaquim Mendes Cardoso, passou a morar no Palacete, vendendo-o para as Irmãs Franciscanas em 17 de fevereiro de 1967. Sendo que o comendador Joaquim Mendes Cardoso faleceu no Rio de Janeiro em 12 de maio de 1967, de acordo com textos do acervo do Sr. Sinésio Fagundes.
Contando nossa história e embelezando nossa cidade, o Palacete Cardoso, construído no final do século XIX e início do século XX, registra em sua arquitetura, um trabalho eclético. Há a presença de elementos de estilos distintos como o neoclássico, noegótico, art nouveau, entre outros. Um lugar de muita história para se contar e por onde passaram muitas pessoas. No Palacete Cardoso funcionou, provisoriamente, o Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, das Irmãs “Ursulinas”, quando se instalaram em São Lourenço em 1938. Interessante olhar aquelas paredes e escadas e imaginar crianças em fila para o início da aula…
Hoje ainda, as Irmãs Franciscanas Missionárias do Coração de Maria, vivem nesse verdadeiro relicário.
E o que enriquece ainda mais, é que o Palacete Cardoso é mantido em sua forma original, sem nenhuma modificação, inclusive tem alguns mobiliários e lustres da época de sua construção, que é um marco significativo da evolução histórica e arquitetônica da cidade de São Lourenço, servindo de residência às Irmãs Franciscanas que se dedicam ao ensino. As irmãs conservam a cristaleira com os mesmo cristais deixados pelo Sr. Cardoso.
Um imponente palacete que merece a visita, o passeio e a admiração!
Irmã Gesualda e irmã Elza contam como é viver em um “palacete”, que hoje abriga nove irmãs franciscanas, sendo a mais velha com 97 anos. Falam do privilégio de morar em uma casa tão bela e também dos desafios. Segundo elas, a casa é muito fotografada por todos que passam pela rua, há até pedidos para que posem para algumas dessas fotos.
E muito bem lembrado por elas, o Palacete não faz parte só de uma das belezas de nossa cidade, mas também do imaginário da população.
Muitas são as “lendas” que existem em torno dessa casa, como a história do túnel subterrâneo que leva as freiras aos fundos da Basílica. Claro que não existe, é apenas uma de nossas “lendas urbanas”.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município: Datam do início do século XIX as primeiras notícias das paragens em que se situa São Lourenço. O primeiro nome que registra a história e o de João Francisco Viana, proprietário de vasta fazenda em terras da freguesia do Carmo de Pouso Alto, Termo de Cristina.
Conhecidas a princípio como ‘Águas do Sítio do Viana’ e ‘Águas da Freguesia de Nossa Senhora do Carmo, próxima ao Rio Verde’, suas virtudes ganharam fama e popularidade; aos poucos, forasteiros instalaram-se nas terras mais altas e as margens da antiga estrada do Carmo do Rio Verde e Pouso Alto, dando começo a povoação.
Depois de 1889, com o falecimento de João Francisco Viana, foram as terras divididas por seus filhos. O comendador Bernardo da Veiga, residente na cidade de Campanha, diretor do jornal Monitor Sul Mineiro e autor do Almanaque Sul Mineiro de 1874, incumbiu um sobrinho, Capitão José Pedro da Costa, de estudar as possibilidades de industrialização das águas, disto resultando a compra das terras de propriedade dos Senhores Manoel Dias Ferraz e Adolfo Schmidt, que concordaram em vender a propriedade ao Comendador Bernardo Saturnino da Veiga, onde se localizam as fontes e a constituição de uma empresa – a Companhia de Águas Minerais São Lourenço -formada pelo comendador Bernardo da Veiga e seus irmãos Saturnino da Veiga e Ângelo da Veiga (médicos). O nome da empresa prende-se a uma homenagem a memória do tenente-coronel Lourenço Xavier da Veiga, pai dos três irmãos associados.
Iniciaram-se imediatamente os trabalhos de saneamento, drenagem e aterro, surgiram as primeiras ruas, formou-se o esboço da futura cidade.
A 10 de agosto de 1891, dia consagrado a São Lourenço, erigiu-se no ponto mais alto dos terrenos uma grande cruz e em capela improvisada celebrou a primeira missa o cônego Antônio Gomes de Faria Nogueira, vigário de Carmo de Minas. Iniciou-se a construção de uma igreja, que fora primeiramente dedicada ao orago do Bom Jesus do Monte e, após sua conclusão, ao de São Lourenço.
Em 1905, Afonso Noronha França adquiriu o acervo da antiga empresa, introduzindo na exploração de suas águas minerais maquinaria moderna e construindo prédios adequados para engarrafamento, depósitos e oficinas. Construiu também linha de bondes a tração animal até a estação, para transporte da água, aumentada, mais tarde para tráfego de passageiros.
A concessão para exploração das fontes hidrominerais passou a outras empresas e bancos, até a atual Empresa de Águas de São Lourenço S.A., a partir de 1925.
Formação Administrativa A LEI estadual n.° 2, de 14 de setembro de 1891, criou o distrito de São Lourenço, integrante do Município de Silvestre Ferraz (atual Carmo de Minas).
Por Lei estadual n.° 843, de 7 de setembro de 1923, aquele distrito foi transferido para o Município de Pouso Alto, de cujo distrito adquiriu parte do território.
A emancipação de São Lourenço resultou do Decreto estadual n.° 7.562, de 1.° de abril de 1927. confirmado pela Lei estadual n.° 987, de 20 de setembro do mesmo ano. Entretanto, na divisão administrativa de 1933 figura ainda como distrito do Município de Pouso Alto, embora com autonomia administrativa e a indicação de ser sede da Prefeitura de São Lourenço.
Desde o Decreto-lei estadual n.° 88, de 30 de março de 1938, o Município aparece com um só distrito.
Fonte: IBGE.

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